quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Sobre os meus livros de 2015

O ano já está acabando, eu continuo com uma pilha de livros pra ler e acho que essa pilha há de ser assim para sempre.

Esse foi um ano que li bastante, li o que eu pude, li quando eu pude e onde dava, li de tudo. Desde Dostoiévski, John Fante, Murakami até romance policial da Camilla Lackberg que eu adoro!

Li porque gosto, li pra passar o tempo, li nos meus trajetos diários de uma cidade a outra. Li porque precisava ler, li pois ler me dilata a alma, tira a dor do coração e me traz paz. Sonhei com meus livros e histórias deles, li no bar, li na cama, li amando e li desamando.

Passei o ano praticamente lendo e esses são os meus tesouros, meus livros de 2015.


Começei o ano estava finalizando esses 3 livros.

Kafka à beira-mar do Haruki Murakami - Sem dúvida, pra mim, até hoje de todos os livros que eu li dele (ainda farei um post somente sobre os livros dele) foi o mais incrível! Livro gênio, surreal, maravilhoso, doido. Do jeito que o Murakami é, do jeito que ele gosta de escrever.

Os diários secretos da Camilla Lackberg - Sueca, escreve romances policiais, eu já li todas as publicações no Brasil, esse trouxe de Portugal, pois não foi publicado aqui, suspense, leitura despretenciosa, um livro com estória, te prende. Os personagens são os mesmos desde o primeiro livro, então não tem como não ler o próximo. São livros grandes de 400, 500 páginas (amo livro grande) deliciosos. Te amo Camilla!

O último judeu do Noah Gordon - Americano, amo os livros dele. Todos relacionados a medicina. Meu primeiro livro dele foi 'O físico' que narra o começo das práticas médicas na Idade Média, quando a ciência era ainda pouco desenvolvida além dos desafios religiosos e culturais da época. Um livro lindo. O último judeu é uma história épica na época do terror na inquisição espanhola, um livro triste, um livro lindo, um livro que quando acaba, dá vontade de ler novamente. Os relatos e fatos são reais. Noah Gordon está entre meus escritores favoritos.


Lidos durante o ano.

O cemitério de Praga do Umberto Eco - Eita livro difícil de engatar mas quando vai vai. Meu primeiro Umberto Eco, surreal, doido. Não dá pra falar muito dele pois perde a graça, é tão bizarro que só lendo pra entender o que eu falo. Um livro que precisa ser lido na vida!

Após o anoitecer do Haruki Murakami - Aii! suspiros eu amo né? Esse livro foi escrito para ser lido em uma madrugada contínua. Em cada capítulo tem um reloginho marcando uma hora, dependendo da sua rapidez na leitura, dá certinho. Eu começei e terminei ele numa só madrugada. Conta a história de 3 personagens distintos em uma madrugada de Tóquio.

O incolor Tsukuro Tazaki e seus anos de peregrinação do Haruki Murakami - A literatura oriental é bem diferente da nossa, eles não possuem uma necessidade de ter todos os fatos explicados e resolvidos quanto o povo ocidental. Subjetividade acaba sendo um ponto marcante da literatura daquele lado do mundo e as coisas não precisam ter um fim tão pontual. O livros do Murakami são assim, por isso não falarei nada desse, deixo a você ler e interpretar da sua forma.

Noites Brancas do Fiódor Dostoiévki - De todos dele, me pareceu o mais romântico, delicado e doce.

Sonhos de Bunker Hill do John Fante - Último livro escrito por ele, em vida e cego por conta da diabetes, ele escreveu esse pequeno e último livro ditando para sua mulher. Meu escritor beatnik favorito, esse livro não foge muito dos outros dele, engraçado e sarcástico paraumcaraleo. Estilo beatnik bem boêmio que eu adoro, de ser.

Farenheit 451 de Ray Bradubury - Eu vi o filme bem antes do livro. A história consiste em uma cidade onde qualquer tipo de livro ou leitura é proibido, prevendo que o povo possa ficar instruído e se rebelar contra o status quo. Tudo é controlado e as pessoas só tem conhecimento dos fatos por aparelhos de TVs instalados em suas casas ou em praças ao ar livre. A leitura deixou de ser meio para aquisição de conhecimento crítico e tornou-se tão instrumental quanto a vida dos cidadões, sufuciente apenas para que saibam ler manuais e operar aparelhos. A história é basicamente essa, deixo a vocês tirarem suas próprias conclusões, um livro incrível que valhe a leitura e um filme espetacular.

Haroun e o mar de histórias do Salman Hushdie - A primeira vez que li Salman Hushdie eu tinha 16 anos, ele foi um dos meus primeiros escritores "de adulto" como eu dizia naquela época, um dos meus iniciadores nas leituras de gente grande. Já li uns 3 livros dele e esse é um livro muito querido. O menino Rashid vive de contar histórias em comícios. Todos os políticos o procuravam, Mas um dia ele perde o dom da palavra. Seu filho descobre que é preciso ir ao grande mar de histórias e percebe que as histórias do mundo estão ameaçadas de extinção. Um livro fofo..


E esses são os que estão em minha cabeçeira e que vão entrar na lista dos lidos em 2016.

Toda Poesia do Leminski - O André Vilela ficou com a missão de me introduzir no próximo ano a leitura dos brasileiros e esse ganhei dele como iniciação. Sim, peco muito por não conhecer quase nada da literatura brasileira, me condenem! E aceito dicas também.

1Q84 Livro 3 do Haruki Murakami - Finalmente, após 3 anos, terminando a trilogia e a saga de Tengo e Aomame.

A grande fome do John Fante - Livro lançado esse ano, só contos achados e inéditos.

Um punhado de gitanes Serge Gainsbourg - Biografia do Serge, o Serge é o Serge né?

A arte de ouvir o coração de Jan-Philipp Sendker - Um livro light, daqueles de chorar que toda menina gosta.

E finalmente O apanhador no campo de centeio, esse já li, muitos anos atrás, estou relendo pra relembrar, pois afinal, quando você lê um livro novamente depois de tantos anos, sua percepção sobre ele muda completamente, parece outra história. E é um clássico dos clássicos beatniks.

E que os livros nunca se acabem, que em 2016 continuemos lendo e escrevendo mais, engradecendo o coração de histórias lindas e conhecendo cada vez mais os tantos e infinitos livros e autores que existem por aí nesse mundão de meudeus!

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